LIVE: Experiências bem-sucedidas em agroecologia

LIVE: Experiências bem-sucedidas em agroecologia

Eu comecei na agroecologia com um “cutucão” do Centro Ecológico. Eu participei junto com a minha mãe numa reunião que o Centro Ecológico trouxe até a minha comunidade aqui no interior. Minha mãe sempre foi uma grande líder e empenhada em trabalhar com saúde. Ela trabalhava com medicina natural. E o meu pai também sempre foi uma liderança com sindicatos e comunidades. E aí eu me criando com isso, acho que foi o empurrão que tive pra estar começando.

Trabalhando com a agricultura, sempre gostei disso e me senti muito valorizada. Devo muito a eles por estarem colocando essa questão de estar no local e se sentir valorizado por isso. E aí nessa reunião que o Centro Ecológico teve, eu e minha mãe nos empolgamos nessa coisa maravilhosa de poder produzir sem agrotóxicos. A gente foi pra casa, levamos isso pro meu pai e ele não gostou muito da ideia no início, mas nesse meio tempo também eu comecei a fazer parte desse movimento de jovens e conheci o meu marido (Volmir Forlin) que também acho que o destino acabou nos encontrando. Ele havia recém-saído do seminário e tava no movimento da pastoral da juventude e nesse início do Centro Ecológico de formar jovens agricultores sem uso de agrotóxicos.

Eu era muito nova na época e o Volmir não conhecia muito sobre a agricultura, mas a gente foi batalhando, fomos construindo e aprendendo. Fomos fundadores da AECIA, hoje cooperativa. Hoje eu faço parte da Rede ECOVIDA, ECO PRADO e ECONATIVA.

Meu pai tinha 7 hectares e um parreiral. Então, renovamos o parreiral e começamos a plantar. A gente tinha pouca terra e não tinha muito o que explorar nela além do parreiral. Então, resolvemos industrializar, colocar o que produzíamos no vidro. Fizemos sucos, molhos de tomate, geleias e fomos direcionando a nossa propriedade pra agroindústria com apoio do Centro Ecológico e de várias reuniões e palestras.

Em 2010, quando os filhos estavam um pouquinho maiores, resolvemos colocar uma marca própria que hoje é a Pérola da Terra. Hoje, trabalhamos menos na agroindústria e focamos na parte da agricultura. Estruturamos a propriedade com estufas. Continuamos com uva, mas também plantamos frutas vermelhas, como morango, amora e framboesa.

Fomos pioneiros na agroindústria e muita gente vinha conhecer e saber como funcionava. Hoje tem muitas variedades no mercado. E que bom que muitas pessoas se inspiraram em nós.

Trecho extraído da live “Experiências bem-sucedidas em agroecologia” com a Joce Forlin (Orgânicos Pérola da Terra), Roberta Coimbra (Arroz Orgânico – MST-RS) e a Karina Gonçalves David (Sítio Ora Promobis – Paraná) sobre o que podemos aprender com as nossas experiências bem-sucedidas em agroecologia.

Link da transmissão online completa: https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=QXrnpYG3lm4

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