Cinco de junho marca o Dia Mundial do Meio Ambiente. Essa data foi criada durante a Assembleia Geral das Nações Unidas na Conferência de Estocolmo, Suécia, realizada em 1972, cujo tema central foi o Ambiente Humano. É considerada a primeira cúpula mundial sobre meio ambiente. Assim, junho é considerado o mês do meio ambiente.

E para que um mês dedicado a esse assunto? Para nos lembrar da importância de vivermos de acordo com as possibilidades que nos dá o ambiente natural e, ao mesmo tempo, respeitarmos todas as formas de vida.

O assunto é crucial. Os problemas crescem e a espécie humana não pode mais viver como se nada pudesse fazer. Cada um, cada uma de nós tem que assumir sua parte ativa na busca de solução. Mudando hábitos e pressionando políticos para que tomem as medidas já amplamente debatidas para invertemos a curva da degradação e darmos aos nossos filhos e netos direito a sonhar com um futuro.

Ao mesmo tempo que afirmamos a gravidade da questão ambiental, devemos também lembrar que são inúmeras as iniciativas que apontam para soluções. Em todos os campos. Vou citar dois exemplos. Em 1992, a energia eólica era um sonho distante, apontada como necessária para diversificar nossa matriz energética com uma fonte limpa. Hoje, expressivos 11% da energia consumida no país vem dos ventos.

A Agricultura Ecológica é outro bom exemplo: há trinta anos, um sonho cultivado por pouquíssimos pioneiros. Bom lembrar que o casal Joce Pontel e Volmir Forlin, proprietários da Pérola da Terra, estão na lista destes desbravadores. Hoje, temos dezenas de milhares de propriedades rurais certificadas como orgânicas no país, além de um uso expressivo de técnicas ecológicas mesmo na agricultura convencional. Os avanços nesta área são incontestáveis.

Que o mês de junho nos faça refletir e, principalmente, agir. Ainda temos tempo de construir um futuro mais saudável para todos.

Laércio Meirelles
Agrônomo, agroecólogo, escritor

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